quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Hoje, 1 de dezembro, é o Dia Mundial de Combate à Aids e o foco da campanha é o jovem, de 15 a 24 anos. A escolha do público-alvo foi em função de dados comportamentais, como o maior número de parceiros casuais dessa faixa etária e o elevado índice de jovens (40%) que declaram não usar preservativo em todas as relações sexuais.
Os objetivos da campanha são combater o preconceito em relação aos portadores de HIV/aids e a conscientização dos jovens sobre a prevenção e a prática de comportamentos seguros. O tema da campanha é “O preconceito como aspecto de vulnerabilidade ao HIV/aids”. E hoje o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade da Fiocruz responsável pela produção de vacinas, reativos e biofármacos, anuncia o novo teste Confirmatório Imunoblot Rápido, que permite obter o resultado em cerca de 15 minutos. Atualmente o resultado leva até 30 dias para ficar pronto.
Idade x sexo x contaminação
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) afirma que há mais de 6.800 novas contaminações pelo vírus da Aids no mundo todos os dias, chegando a mais de 5.700 mortes diariamente. A proporção de contaminação entre os sexos diminuiu bastante. Em 1986, era de 15 homens soropositivos para cada uma mulher. De 2003 em diante, de cada 15 em homens com a doença, há 10 em mulheres. Mas, na faixa etária entre 13 e 19 anos, o número é maior entre as meninas: 10 contra 8 em meninos.
Grupo de risco?
Não há mais um grupo restrito de pessoas ou de mulheres que podem vir a ser contaminadas: a Aids as atinge em qualquer idade – inclusive vêm aumentando os casos de idosas portadoras da doença. Por que isso vem acontecendo? Se antes se falava em grupos de risco, como usuários de drogas injetáveis, homossexuais e profissionais do sexo, hoje não se pode ao menos definir um perfil dos portadores da doença. É o que argumenta a psicanalista Carmen Lent, coordenadora do Banco de Horas, entidade de apoio a portadores de HIV/Aids no Rio de Janeiro. "Não existe mais um perfil comum às pessoas com Aids. Atualmente, sabemos que qualquer pessoa sexualmente ativa pode ser infectada pelo HIV. As pessoas não-testadas, casadas ou não, não são necessariamente soronegativas, mas sim sorointerrogativas".

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